Estudo + Trabalho + Amizade


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Carnaval - Emmanuel

"Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças das trevas nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho. Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem?

Que os nossos irmãos compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral".

Emmanuel
 
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Julho de 1939
(Psicografado por Chico Xavier e publicado na Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

FIM DO MUNDO – ANO 2012




ADE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGADORES DO ESPIRITISMO DE SÃO PAULO


FIM DO MUNDO – ANO 2012”. Séculos atrás, os maias nos deixaram o seu calendário, com uma data final em um dia determinado – 21/12/2012 - e tudo o que isso sugere. A profecia que surgiu a partir dos Maias já se encontra hoje bem documentada, debatida, destrinchada e analisada.

Este, será o próximo tema a ser discutido no programa de rádio AÇÃO 2.000 - A VISÃO ESPÍRITA DA NOTÍCIA, ao vivo, neste sábado - dia 30 de janeiro de 2010 às 8 horas, pela REDE BOA NOVA DE RÁDIO - Participam do programa como comentaristas, os comunicadores da ADE-SP, Carlos Scaramuzza, Milton Felipeli, Tarcizio Bazílio e Dirceu Luttke. Direção: Éder Fávaro.

Sintonize a rádio em AM 1450 (Capital e Grande São Paulo). Em Sorocaba e Região Sudoeste - SP :1080 - Brasil : Via Parabólica: LeiloaçãoTV (Canal do Boi) e pela internet no site www.radioboanova.com.br

Os ouvintes podem participar pelo Tel. 0800.9795011 ou pelo e-mail: rede@radioboanova.com.br

Banho no Rio



É impossível você banhar-se duas vezes no mesmo rio. Não se trata de nenhum rio especial, dominado por piranhas, ou gelado demais, onde se mergulha uma vez e nunca mais. Pode ser qualquer curso d’água.

Quem diz isso é Heráclito (540-480 a.C.), filósofo grego de Éfeso, que, em virtude de suas idéias complexas, era chamado “o obscuro”.

O insólito rio, onde é impossível tomar banho mais de uma vez, está longe de justificar o depreciativo apelido. É fácil entender sua afirmação. Em qualquer trecho onde nos banhemos, fluem sem fim as águas, a seguirem seu curso.

É como se fossem rios a se sucederem, infinitamente.

As águas de nosso banho não voltarão jamais.

Heráclito usava essa imagem para demonstrar que tudo no Universo está em contínua agitação, um fluir incessante, renovando-se as situações, os dias, as horas…

Esse movimento é orientado pelo logos, uma idéia diretora, uma razão primordial. Toda a virtude está no esforço por observar os princípios éticos que dele emanam.

Mudam as palavras, perpetuam-se os princípios, quando exprimem a verdade.

A Doutrina Espírita nos diz que há, realmente, um poder diretor para o Universo, um logos. Ele é sustentado por Deus, o Criador incriado, a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, como está na questão primeira de O Livro dos Espíritos.

O logos consubstancia-se nas leis divinas que regem nossa evolução, das quais nos fala Allan Kardec, particularmente quando aborda As Leis Morais, em O Livro dos Espíritos.

Ser perfectível, o Homem ainda está a caminho, submetido a mecanismos de evolução, como o rio em constante movimento, rumo ao oceano (leia-se perfeição).

Sucedem-se os estímulos a cada momento, impondo-nos um caminhar incessante. Ainda que, aparentemente, se repitam as experiências, algo vai mudando em nós, no desenrolar dos anos, renovando-nos como se renovam as águas do rio.

Há certa dificuldade para assimilar os princípios do logos.

Como explica Heráclito, tendemos, em face de nossa imaturidade, a cair no egocentrismo, a nos situar como se fôssemos o próprio. Pretendemos, então, que tudo gire em torno de nossos interesses e paixões, qual rio represado em buraco profundo.

Mas o fluxo incessante das águas o fará transbordar, impondo-lhe seguir adiante.

Podemos, no desdobramento de nossas experiências evolutivas, escoar para abismos de vícios e desatinos. Mas também experimentaremos um extravasamento, algo como o tédio da própria estagnação ou o impulso irresistível de abandonar a voragem do eu e atender à divina vocação – evoluir.

A emanar de Deus, a Vida derrama-se, incessante, na intimidade de nosso ser, induzindo-nos a seguir adiante, cada vez mais longe, rumo a gloriosa destinação.

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Trecho de "Luzes no Caminho" - Richard Simonetti

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Nuvens que Passam - Raul Teixeira


É impossível alguém viver na Terra sem ter problemas.

Este é um planeta de problemas. Não precisamos muito para ouvir a voz do Sublime Pastor quando disse: No mundo só tereis aflições.

Não podemos discutir a veracidade das coisas ditas por Jesus de Nazaré. Ele sabia muito bem quem somos nós e a necessidade que todos temos de estar neste planeta, no planeta Terra.

No mundo só tereis aflições. De nenhuma maneira Ele nos disse que o fato de termos aflições no mundo implicaria em afligirmos os outros. De jeito nenhum.

Tudo na Terra tem um significado de aflição. Quase tudo, no mundo, é profundamente afligente.
Sentimos aflições por não saber das coisas. Aflige-se a mãe grávida, a mulher grávida por não saber se o seu bebê vai nascer sadio, vai nascer com problemas.

Aflige-se a pessoa que está no ponto de ônibus na hora do trabalho e passa o primeiro ônibus cheio, o segundo cheio. A hora está passando e a criatura se aflige.

Aflige-se o vestibulando que estuda loucamente, mas não tem a mínima ideia de como serão as provas, o que cairá nas provas.

Aflige-se a pessoa diante do que vai comer: Será que isto me fará mal? Será que isto me fará bem? Será que eu posso comer isto? Será que isto engorda? Será que...?

As várias aflições do mundo, em todos os níveis. Se um dos nossos familiares que está na rua, que está trabalhando e que costuma chegar em determinado horário não chega, lá está a aflição a tomar conta de nós: O que houve? O que aconteceu? O que terá havido?

E começamos a telefonar, a ligar, a saber, a buscar... As aflições.

Todos esses fenômenos têm níveis, níveis menores, níveis maiores. Todos na Terra sofremos muitos reveses.

O desemprego, por exemplo. Que tormento, que falta de chão sentimos quando nos falta o trabalho profissional, quando não temos onde ganhar o pão diário.

A enfermidade, as doenças que invadem nossa casa, nos acometem, acometem os nossos familiares. Gastamos dinheiro, gastamos recursos emocionais, sentimentais, na busca da solução para o problema da cura, da medicação, do tratamento.

O luto, a aflição do luto, a dor do luto. Quando vemos algum dos nossos partir para o mais Além, algum amigo, alguma pessoa querida, tudo isso faz parte do que poderíamos dizer que são nuvens pesadas que se ajustam, que estacionam sobre as nossas vidas.

É como se, a qualquer momento, essas nuvens fossem desabar convertidas em tempestade.

É verdade, todas essas experiências se assemelham a nuvens que passam. Todas elas tomarão rumo novo, todas partirão diante dos ventos de uma nova realidade, diante dos ares de uma nova espera.

Nenhum desespero diante dessas nuvens densas. Nós, na Terra, estamos aqui exatamente para isso: aprender a driblar situações difíceis, aprender a superar desafios, aprender a ganhar experiências positivas, experiências do bem, aprender a nos aproximar do Reino do Senhor, esse Reino dos Céus que se encontra em nossa intimidade, esse Reino dos Céus que está dentro de nós.

Por isso, diante dessas nuvens pesadas que toldam volta e meia os céus de nossa existência, cabe uma postura de serenidade.

Não é fácil, não é simples, mas não temos outra alternativa diante dos reveses, diante das aflições, senão a tranquilidade, asserenar-nos tanto quanto nos seja possível, fazendo-nos sempre esta mesma pergunta: Se eu me desesperar, se eu me desarticular, resolverei alguma coisa?

A resposta será negativa. E, se eu não resolver nada perdendo as estribeiras, perdendo-me no meio dos problemas, melhor guardar harmonia em mim e esperar por Deus.

Na medida em que buscamos essa harmonia e entregamos nossa vida nas mãos de Deus, todas as coisas vão se encaminhando.

Essas nuvens que passam sobre nossas existências podem provocar muito pavor, muito medo, muita insegurança, fazendo com que muita gente admita o azar sobre sua vida.

Há pessoas que se imaginam dotadas de uma falta de sorte, dos azares da sorte, quando em realidade não estamos expostos aos azares. As coisas nos acontecem, em razão da escala de nossos méritos, de nossos deméritos, dos erros e acertos que tenhamos perpetrado em dias longínquos ou próximos de nossa existência espiritual.

Por isso, é importante verificar que as frustrações, os conflitos que chegam às nossas vidas também são nuvens que passam.

Se olharmos um ano atrás: o parente doente, o filho doente, nossa própria enfermidade e, quando nos damos conta, estamos aqui, lépidos, fagueiros, sorridentes, trabalhando, alegres. Tudo aquilo se foi. Tudo aquilo já passou.

Há um caso muito interessante que ouvi da voz do nosso saudoso médium Chico Xavier, conhecido mundialmente por seus livros, mais de quatrocentos livros publicados, centenas e centenas de entidades espirituais escreveram por seu intermédio. Pois bem, Chico Xavier vivia, conta ele, um momento muito difícil em sua existência, imaginando-se diante de um processo expiatório bastante severo e, no momento que seu anjo guardião lhe apareceu, se lhe mostrou, o Espírito Emmanuel, seu guia espiritual, ele, no meio daquela aflição toda que o desgastava, propôs a Emmanuel:
Meu irmão, quando houver uma oportunidade que o senhor encontre com a mãe do nosso Mestre Jesus, peça a ela uma orientação para mim. Estou atravessando essa hora aziaga de minha vida e, certamente, uma mensagem de Maria me ajudaria a superar esse transe. E era tão honesta, era tão sincera a dor de Chico, que seu benfeitor espiritual disse que iria providenciar.

Na primeira oportunidade em que estivesse em contato com a mãe do Nazareno, pediria a ela uma orientação para a sua vida. Dias depois, narra Chico Xavier, o Espírito Emmanuel lhe apareceu e lhe disse:
Chico, a mãe do nosso Mestre manda-lhe uma mensagem. E o nosso Chico Xavier, de saudosa memória, tomou papel, lápis para anotar a mensagem que lhe vinha de parte de Maria de Nazaré: Pode dizer, meu irmão.

E o Espírito Emmanuel ditou para ele: Isto também passará.

E Chico ficou esperando a continuidade da mensagem. Mas a mensagem era isto, a afirmativa de que todas as nuvens passam. Isto também passará.

Curioso é que, quando conversávamos com Chico Xavier, ele nos chamou a atenção para um fenômeno de linguagem muito interessante e para um entendimento muito próprio para a questão.

Quando ele leu demorada e várias vezes aquela frase, chegada para ele da parte da mãe do Mestre, se deu conta da veracidade dela porque tudo no mundo passa. Este é o mundo das impermanências e se passam os momentos de tristeza, de dor, de amargura, também passam os momentos de folguedos, de festa e de alegrias.

Tudo passa porque este é um mundo de passagem. Estamos aqui, en passant, estamos aqui momentaneamente, porque o reino de Cristo ainda não é deste mundo e, nós, conforme Suas próprias palavras, somos ovelhas do Seu rebanho.

Desse modo, não somos daqui, estamos de passagem pela Terra. Todas as coisas que hoje nos causam sofrimento, amargura, dor, luto, pranto passarão se nós soubermos esperar os ventos da Providência Divina, os ventos da Sublime Misericórdia, com firmeza e trabalho, com boa vontade e perseverança, colocando-nos, por nossa vez, sob o Amor e a Justiça de Deus.

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Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 156, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Novela Espírita na Globo


A Doutrina Espírita vem sendo tema recorrente em novelas da Globo. Dessa vez Elizabeth Jhin ficou encarregada de trazer para as telas a novela ALÉM DA VIDA que terá como protagonista o ator Humberto Martins, um pai atormentado pelo espírito do filho (Jayme Matarazzo Filho) morto em um acidente e que volta do umbral para atrapalhar a vida amorosa do pai que se apaixonará perdidamente por sua ex-namorada (Nathália Dill).
Tanto a autora, como os três atores principais estão estudando as obras do espírito André Luiz para poderem compor a trama e os personagens.
O tema será a obsessão e a lei de causa e efeito.
A novela começa a ser produzida na segunda quinzena de janeiro e uma área enorme do Projac já foi reservada para ambientar o umbral. Um campo de golfe próximo ao jardim Botânico também já foi reservado para as cenas que se passarão na colônia Nosso Lar.
Segundo a autora a novela trará um diferencial para o Espiritismo. Pela primeira vez será mostrado uma chefe do umbral em vez de um chefe homem.
A atriz Joana Fomm está sendo sondada para viver um espírito maligno que comanda boa parte do umbral onde o rapaz será levado após a morte e será ela quem o incentivará na vingança.
A novela será muito parecida com A Viagem, Começa em março ou abril.

Fonte: Caderno da TV/Jornal A Tarde dom. 10/01/10

Novo Trailler de "Chico Xavier - o Filme"

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Para ver em tamanho maior, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=NnW_YfBVEg0

Caridade e Evolução

Caridade também progride.

A princípio é pão que sacia a fome, agasalho que protege. A criatura fixa o semelhante padecente e desperta, súbito, o instinto de solidariedade.

Percebe, por intuição, que amanhã é possível esteja sob o mesmo fogo de prova e aparece a generosidade louvável conquanto meio egoística, de vez que ajuda a outrem pensando em si.

Essa beneficência que habitualmente opera com a sobra das sobras assemelha-se a instituto individual de resseguros contra a necessidade, porquanto aquele que auxiliar, após garantir-se como pode, atenua os riscos da existência diligenciando capitalizar gratidão e serviço em outra pessoa.

A caridade, à medida que se dilata e alteia na compreensão de alguém, alcança processos evolutivos inimagináveis, por transferir-se do campo externo onde campeia, franco, o jogo dos interesses humanos, para os domínios da compreensão pessoal.

Atingindo o território íntimo, não é mais conveniência, convertendo-se em luz. Luz de amor e visão integrando a alma com os objetivos supremos da vida.

Aí, a caridade não é tão-somente o gesto de dar o bem, materializado em prendas que favorecem o corpo transitório, mas, acima de tudo, é a decisão de dar-se para o bem de todos, expresso em sacrifícios espontâneos, menores e maiores, a fim de que estabeleçam os bens imperecíveis.

Chegada a esse ponto, a caridade é a força com que apagamos a labareda do ressentimento ou da revolta à frente da traição ou do insulto.

É a serenidade com que sorvemos o cálice envenenado que a crueldade ou a calúnia nos levam até a boca.

É a bênção muda do coração que espera o entendimento novo dos seus próprios carrascos, bendizendo-lhes os golpes.

É a resolução de servir sem a mínima exigência àqueles mesmos que se acham incapacitados para compreenderem, de pronto, os benefícios que recebem, espancando, muitas vezes, as mãos que os ajudam.

Caridade! Caridade! Se a possuis, dando de ti próprio com tudo aquilo que podes dar, sem a menor ideia de reconhecimento ou de êxito, estarás penetrando, desde a Terra, no futuro da vida, porque, mesmo que não saibas viverás praticando a caridade de Deus.

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De "Sol nas Almas", de Waldo Vieira
pelo Espírito de André Luiz

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FEESP - 10º Encontro de Treinamento de Educadores


Somos Deuses - Raul Teixeira

Muito pouca gente no mundo tem consciência da sua realidade espiritual.

Muita gente imagina que viemos do pó e que ao pó retornaremos.

Diz-se que essa é uma expressão bíblica, em função de a lenda de Adão e Eva ter estabelecido que fomos feitos do barro. Então se diz que somos barro e ao barro voltaremos.

É uma alegoria, sem dúvida, para nos falar do corpo físico, do corpo biológico, de tudo quanto tem origem no próprio planeta. Perfeitamente válido, mas profundamente poético.

Em realidade, somos Espíritos, somos seres espirituais, criados por Deus, um dia, simples, ignorantes, sem virtudes, sem sabedoria e que gradativamente estamos marchando para o encontro da felicidade que anelamos.

Jesus Cristo nos chamou a atenção, conforme lemos nos textos do Evangelista João, 10:34: Já não tendes ouvido que vós sois deuses?
Essa pergunta de Cristo é enigmática, é intensa porque... nós somos deuses?

Sim, somos deuses. Não somos deuses competidores do Deus Criador, do Demiurgo, do Sempiterno, não somos deuses com D maiúscula, somos deuses com d minúscula. Logo, somos Espíritos.

Recordemo-nos de que, em todas as mitologias se fala de deuses: os deuses gregos, os deuses romanos, os deuses africanos, os deuses egípcios, os deuses persas, os deuses nórdicos, os deuses indianos.

Mas, ao mesmo tempo, aprendemos que esses deuses, periodicamente, vinham conversar com as pessoas, com seu povo, através dos sensitivos: pitons, pitonisas, richis, hierofantes, magos, profetas.

Esses indivíduos tinham uma capacidade de transmitir as mensagens dos seus deuses para a massa. Logo, se esses deuses transmitiam mensagens, esses deuses eram seres espirituais. Foi assim que o mundo aprendeu a chamar os seres espirituais: de deuses.

Assim temos o deus Júpiter, o deus Apolo, a deusa Kali, na Índia, a deusa Cotito no Egito. É por essa razão que os Espíritos passaram a ser chamados deuses.

Verificamos no ensinamento de Jesus Cristo, ao nos chamar atenção para velhas falas do Velho Testamento, quando dizia que somos deuses, o intuito de que reflitamos bem sobre a nossa realidade espiritual.

Somos deuses porque somos passíveis de evoluir, de desenvolver-nos intelectualmente, desenvolver-nos afetivamente, emocionalmente, realizar o nosso progresso em todos os níveis ao infinito. Não existem limites para o nosso progresso, não existem limites para a nossa evolução.

Do mesmo modo que nos lembramos da escada simbólica de Jacó, pela qual se pode subir indefinidamente na direção dos céus, na direção dos cimos, também quando se trata da evolução dos deuses, dos Espíritos, não há limite.

O nosso escopo, o nosso objetivo é seguir na direção e no sentido de Deus, nosso Pai. Lembremo-nos de que foi isso que Jesus Cristo nos disse: Sede perfeitos quão perfeito é vosso Pai Celestial.

Não era para que nos igualássemos a Deus. Não há nenhum sentido em pensarmos assim, mas Deus era a referência. Marcharmos no sentido Dele e buscarmos, nesses esforços de progresso, o encontro interno com a Divindade.

Somos deuses e, por causa disso, cabe-nos realizar o que realizam os deuses, os Espíritos, os esforços em prol de sua própria renovação, da renovação do mundo entorno, da melhoria das condições do mundo entorno.

E quando nos melhoramos e melhoramos a realidade ao redor de nós, sem qualquer dúvida, ajudamos a vida de quem esteja junto a nós.

É por causa disso que nos ufanamos, nos alegramos com essa certeza dada por Jesus de Nazaré de que somos todos nós um conjunto de deuses.

Como é importante para nós essa certeza de que somos perfectíveis.

Estamos no caminho da evolução. Ninguém estará perdido jamais. Nenhuma das ovelhas que o Pai Celeste confiou a Jesus Cristo se perderá, essa é uma realidade.

Quando pensamos nesse homem terrestre como um deus, com d minúscula, é claro, ficamos a pensar que, com todas as inferioridades que nos caracterizam, quantas coisas já conseguimos.

Quando pensamos nos progressos tecnológicos: o telefone, desde Graham Bell; quando pensamos na televisão, no rádio que a antecedeu, quando imaginamos o que significam os computadores, a cibernética, meu Deus, o que é isto?

O que é que hoje se faz no mundo sem o computador, sem a presença desse instrumento notável?

Como é que hoje alguém faz alguma coisa sem informática? Quem foi que criou isto?
Temos informática desde o comércio da loja ao nosso telefone celular, aos aviões, aos satélites que são mandados ao espaço. Tudo se utilizando desses progressos notáveis que os deuses terrestres organizaram.

Quando olhamos na área médica, as vacinas, os tratamentos, as cirurgias. Quando pensamos nas micro-cirurgias, quando médicos notáveis operam fetos ainda no ventre de suas mães.

Meu Deus, são deuses!

Quando refletimos sobre tudo isto e nos damos conta de que ainda nos achamos no planeta Terra, temos múltiplas razões para imaginar, para sonhar, para especular a respeito de como será a nossa realidade quando a Terra for melhor do que é, quando nós formos melhores do que somos.

Se agora com todas essas dificuldades, com todas essas deficiências que portamos, conseguimos feitos tão notáveis, o que será do amanhã quando nós formos pessoas mais dignas, mais moralizadas, mais éticas? Quando nos aproximarmos mais do pensamento de Deus? Quando formos mais justos, mais fraternos, mais irmãos?

Ficamos a sonhar com esse dia quando a Terra será um verdadeiro Xangri-lá, um verdadeiro paraíso, um paraíso terrestre. Desse modo, temos que fazer tudo para nos preparar para esse grande dia.

Trabalharmos com a nossa condição de deuses, para que um dia possamos dizer como disse o Apóstolo Paulo relativamente a Jesus: Já não sou eu que vive, é Cristo que vive em mim, tamanha a integração dele, Apóstolo, com Jesus de Nazaré.

Quando chegarmos mais longe, quando avançarmos ainda mais pelos caminhos do mundo, poderemos falar como Jesus ao se referir ao Pai do Céu: Eu e o Pai somos um.

Era tamanha a integração do nosso Mestre com o Pai Criador, era tamanha essa ligação que o
Mestre dizia: Eu vim para fazer a vontade do Meu Pai que está nos céus.

E se Ele fazia a vontade do Pai com tanta grandeza, com tanta verdade, Ele podia bem dizer, como disse: Eu e o Pai somos um, porque Eu faço o que Ele quer, Eu O represento no mundo, Eu O reflito junto das criaturas.

Então, ser deus é a nossa prerrogativa. É tão importante saibamos disso hoje, para começarmos hoje o esforço do autoamor, do autorrespeito, abrir mão dos vícios (um deus viciado).

Abrir mão da violência (um deus violento). Abrir mão de toda essa prostituição que toma conta das sociedades humanas.

Prostituição nas leituras, nas atividades políticas, na administração pública, prostituição nas relações domésticas, as traições que a cada dia se avolumam em todos os níveis.

Começaremos a trabalhar nessa linha, na demonstração tácita de que somos deuses.

Um dia todos nós seremos anjos, num planeta nobre, rearmonizado, onde reinará o amor, unicamente o amor.

Enquanto esse dia não chega, cabe a cada qual de nós cumprir o seu papel, fazer o seu aprendizado na certeza de que, como diziam os Antigos e como disse Jesus: Somos deuses.

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Transcrição do Programa "Vida e Valores", de número 158, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

CALMA

Se você está a ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.
Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior.
Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.
Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.
Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.
Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.
Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.
Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.
Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.
Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução.

André Luiz

Médium: Francisco Cãndido Xavier
Trecho do livro "Ideal Espírita"

Ano novo


Foi com muita alegria que no último sábado reiniciamos nossas atividades para 2010. Muitos planos, idéias e o desejo de propagar cada dia mais a doutrina espírita com muito estudo, trabalho e amizade.
Aproveitem bem o blog e colaborem com mais esse canal de divulgação!! =)